quarta-feira, 30 de março de 2011

Maconha: riscos e benefícios

Além de possuir propriedades sedativas e ansiolíticas, a maconha pode produzir, dependendo da dose, euforia, alteração da percepção do tempo e aumento da sensitividade perceptual. Pode causar, ainda, pânico e ansiedade, mais comuns em usuários novatos. Entretanto, vale salientar que tais efeitos são influenciados por variáveis psicobiologias (características individuais, expectativas e motivações) e ambientais (contexto sociocultural onde ocorre o uso do psicoativo).

Apesar disto, a maconha e suas substâncias possuem potencial terapêutico, como por exemplo, em pacientes sob tratamento quimioterápico – efeitos antieméticos, em casos de dores de origem neural, pós-operatório ou por espasmo muscular – efeitos analgésicos; em pessoas com glaucoma – propriedade de reduzir a pressão intraocular; por seus efeitos anticonvulsivos; por seu efeito estimulante do apetite com consequente ganho de peso e melhora do estado nutricional em pacientes de AIDS e cânceres; por seus efeitos antiespasmóticos para pacientes com esclerose múltipla; como relaxante muscular; e possivelmente como coadjuvante nos tratamentos das enfermidades de Alzheimer, Parkinson e coreia de Huntington.

Logo, fica evidente o potencial da maconha e de suas substâncias como novos medicamentos e a necessidade de estimular pesquisas deste psicoativo, pois a maconha pode possuir boa relação custo-benefício.

Alguns países já aprovaram ou estão em vias de aprovar seu uso terapêutico. No entanto, é importante lembrar que se fumada, a maconha pode causar efeitos nocivos ao trato respiratório, e por isso, deve haver investimento em pesquisa e desenvolvimento de formas farmacêuticas alternativas.

4 comentários:

  1. o que seria uma forma farmaceutica apropriada?

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  2. A maconha possui uma substância, o Tetraidrocanabinol (THC), responsável pelos efeitos citados. Esta substância pode ser isolada da planta, e a partir daí ser apresentada sob outras formas, como por exemplo, comprimidos. Assim seus benefícios poderiam ser aproveitados na terapêutica sem causar danos ao trato respiratório.

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  3. Vocês consideram economicamente viável para um país como o Brasil, com tantos problemas socioeconômicos, realizar investimentos para o desenvolvimento de um medicamento a partir da maconha considerando-se que existem no arsenal terapêutico alternativas para o tratamento de muitas das doenças para as quais é indicada, e considerando-se, principalmente, que a dependência decorrente do uso do THC pode exigir investimentos maiores na área de recuperação de dependentes de drogas?

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  4. Investimento em desenvolvimentos de medicamentos realmente é algo pouco explorado no Brasil. Sem dúvidas, há outras doenças e tratamentos que merecem prioridade no nosso país, mas no que se refere a alguns países desenvolvidos que se dedicam à pesquisas relacionadas à maconha, é válido investir nisto.

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