sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ibogaína

A iboga pertence à família dos alucinógenos clássicos, tendo como principal alcalóide a ibogaína, extraída da casca da raiz e que apresenta cerca de 90% dos alcalóides totais encontrados na raiz dessa espécie. É utilizado por via oral, na forma de chá da raiz (cerca de 200g) utilizada em cultos religiosos na África. O efeito do alucinógeno pode variar de 24h a 36h, sendo descrito em três fases: Na primeira fase, depois de tomar (0-1 horas),causam alteração do visual e na percepção, pacientes sofrem de baixa capacidade de coordenação e sentem a necessidade de se deitar;Na segunda fase (1-7 horas) é freqüentemente chamado de "o estado de sonho acordado". Os pacientes, geralmente, são esmagados pelos efeitos da experiência: alucinações emoções, mudanças na percepção do próprio corpo, tempo e espaço; Na terceira fase é muitas vezes chamado de "cognitiva a fase de introspecção profunda", que normalmente começa 8-36 horas após tomar a ibogaína. Parece que o corpo está dormindo, enquanto o espírito é completamente desperto, essa fase é caracterizada por uma avaliação intelectual de experiências anteriores e as escolhas feitas.
A droga vem sendo estudada para a cura da dependência de opiáceos, alcoolismo, dependência a cocaína. Observou-se que a ibogaína pode reduzir significativamente os sintomas de abstinência que aparecem com a interrupção de uma substância viciante. Na maioria dos casos esta ação é bem eficaz e acontece rapidamente, com apenas uma dose, podendo estar relacionada há características individuais e ao ambiente em que esta sendo administrada a droga, e de que forma esta sendo desenvolvida pelo administrador.
De acordo com italiano Antonio Bianchi, médico e toxicólogo em produtos naturais, a ibogaína "age sobre uma quantidade de receptores neuronais incrível. Sua característica fundamental é a sua ação sobre a NMDA (N-metil-D-aspartate). Estes receptores estão presentes, sobretudo em duas áreas: o hipocampo, que controla a memória e as recordações, e a sensibilidade proprioceptiva, parte responsável pela sensação que temos do nosso corpo físico." Se estes receptores são bloqueados, a pessoa constrói uma imagem do "eu" que não está relacionada com o eu físico, ou seja, está fora do corpo. Este seria o mecanismo neurofisiológico da "viagem astral", o ponto de encontro entre a teoria nativa e a científica. “Nestas condições, o homem tende a construir aquilo que é definido como uma bird eye image, ou seja, o sujeito assume uma projeção de si mesmo a partir de uma posição do alto”, afirma o médico.
Algumas pesquisas estão sendo desenvolvidas em vários países, mas ainda se muito a definir, como qual a melhor forma de administrá-la, os verdadeiros riscos dessa administração, e ainda o preconceito que se tem imposta sobre o uso de drogas psicoativas.

Fonte : http://www.neip.info/downloads/Eboka.pdf
http://www.ibogaine.desk.nl/ibogaine_udi_bastiaans.pdf

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